terça-feira, 25 de agosto de 2015

Bebida energética e sua composição.


Bolsista: Darlyane Ribeiro


           Olá caros leitores! A bebida energética foi descoberta, por volta de 1984 por um austríaco em uma viagem a Tailândia. Esta bebida continha cafeína e taurina, este austríaco levou amostras dessa bebida para Áustria onde começou a fabricá-la em larga escala industrial, e a primeira marca foi “Red Bull”. Depois outras marcas foram introduzidas, algumas possuem uma quantidade maior de açúcar. O que caracteriza a bebida energética é a presença de: inositol e/ou glucoronolactona, e/ou taurina e/ou cafeína, podendo ser adicionado vitaminas. Outros ingredientes podem ser acrescentados desde que não descaracterize o produto.  
Esta bebida chegou ao Brasil apenas no ano de 1998. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as expressões “energético”, “estimulante”, “potencializador” entre outros não são permitidos, apenas a expressão “bebida energética” ou na língua inglesa “Energy Drink” [1] e [2].
          Muitas pessoas consomem bebidas energéticas. Será que você é uma delas? Você sabe a composição delas? O que causa em nosso organismo? É seguro mistura-lo com bebida alcoólica? Às vezes ingerimos substâncias sem ao menos conhecê-las, sem saber quais são os seus efeitos.
Os principais componentes encontrados nessas bebidas são: água potável (H2O), dióxido de carbono (CO2), açúcar (C12H22O11), taurina (C2H7NO3S), cafeína (C8H10N4O2), glucoronolactona (C6H8O6), inositol (C6H12O6), vitaminas do complexo B, aditivos, acidulantes, reguladores de acidez, aromatizantes, corantes, aromatizantes, conservadores e antioxidantes. As bebidas energéticas são definidas por terem cafeína, taurina e vitaminas do complexo B, e é sobre a cafeína e a taurina que iremos falar.

       A cafeína possui a estrutura química demonstrada na figura 1, após ser sintetizada em laboratório, foi largamente utilizada pelas indústrias alimentícias e fármacos. É uma droga alcalóide purínica da classe das xantinas como mostra a figura 2. Ela é capaz de estimular o sistema nervoso por um curto período, acelerar o coração e músculos esqueléticos. E dependendo da quantidade ingerida, pode provocar elevação na pressão arterial. 


Taurina está apresentada na figura 3, e também é conhecida como ácido 2-aminoetanosulfónico (C2H7NO3S), naturalmente ela é encontrada no sêmen, no testículo do touro e também em grande escala no corpo humano principalmente no fígado e no cérebro, no entanto encontrada também nos tecidos do coração, sistema nervoso central, retina e no músculo esquelético. È um aminoácido que o corpo sintetiza por inúmeras rotas de oxidação da cisteína. Porém a taurina utilizada na fabricação das bebidas energéticas é sintetizada em laboratórios [1], [2] e [3].

 Figura 3: Estrutura molecular da taurina.    

A taurina possui a função de desintoxicação, eliminando substâncias químicas indesejáveis, e é também um neurotransmissor que regula a água e o sal presente dentro das células. Atua como um potencializador muscular, contraindo a musculatura [1], [2] e [3].
Estas duas substâncias agindo juntas podem causar danos à saúde, pois a taurina faz com que haja um melhor desempenho suportando uma quantidade excessiva de exercícios e a cafeína pode estimular ainda mais, ou seja, mesmo que o corpo peça para parar, a cafeína não deixa, tendo assim um esforço físico excessivo, sendo prejudicial à saúde. Este é um dos motivos de não ingerir bebida energética para se exercitar, principalmente atletas. E ainda aumenta os batimentos cardíacos, sendo perigoso para quem tem problema de hipertensão.  Outra ação da cafeína em nosso organismo é a eliminação de água, provocando assim uma desidratação [1], [2] e [3].
A mistura de bebida energética com bebida alcoólica não é recomendada, pois inibe a embriaguez, estimulando assim um maior consumo do álcool, e colocando em risco a saúde possibilitando uma overdose, coma ou até mesmo à morte [4] e [5].
            Fique atento, a ingestão de bebida energética se feita com moderação e sem misturá-la a bebidas destiladas não ocasionam problemas a saúde. Seja consciente.

Bibliografia:
[1] AMARAL, Mônica Minomo. Avaliação da qualidade físico-química na produção de bebidas energéticas. Universidade Estadual de Goiás Química industrial. Anápolis 2012. Disponível em: http://www.unucet.ueg.br/biblioteca/arquivos/monografias/TCC_MONICA_MINOMO.pdf Acessado dia 19/08/2015
[2]MAIOLI, Domenica. Avaliação da qualidade físico-química na produção de bebidas energéticas. Porto alegre 2014. Disponível em : http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/116231/000964518.pdf?sequence=1 Acessado dia 19/08/2015
[3] Joelia Marques de CARVALHO; et al. Perfil dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona. Universidade Federal de Viçosa 2006. Disponível em: http://periodicos.ses.sp.bvs.br/pdf/rial/v65n2/v65n2a02.pdf  Acessado dia:19/08/2015
[4] TEIXEIRA, R. A. Bebidas energéticas também têm seus riscos. Canal ICB. Disponível em: http://www.icbneuro.com.br/paginas/pdf/artigos/bebidasEnergeticas.pdf acessado dia: 19/08/2015.
[5] GUERCHON, José; et al. Álcool e energéticos. Uma mistura perigosa. Curiosidades e descobertas. Disponível em: http://web.ccead.pucrio.br/condigital/mvsl/museu%20virtual/curiosidades%20e%20descobertas/Alcool%20e%20energeticos.%20Uma%20mistura%20perigosa/pdf_CD/CD_Texto_alcool_energeticos.pdf acessado dia 19/08/2015.

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