quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Johanna Dobereiner


Bolsista: Sara Alves Pereira








Olá pessoal, hoje falaremos sobre uma cientista que contribuiu muito com o avanço da agro ciência no Brasil, a agrônoma Johanna Dobereiner (Figura 1).

                                   Figura 1. Foto de Johanna Dobereiner.


A cientista nasceu no dia 28 de novembro de 1924 na Tchecoslováquia. Seu pai, químico e docente da Universidade de Praga, foi preso durante a guerra (1939/45) porque ajudava os judeus a fugirem da perseguição nazista. Ao terminar a guerra em 1945, a família Kubelka teve encontrou muitas dificuldades devido a sua origem alemã. O pai de Johanna conseguiu deixar Praga indo com sua família para a Alemanha.
Em 1946 Johanna ingressou no curso de Agronomia na Universidade de Munique na Alemanha, onde se graduou em 1950. No mesmo ano casou-se com seu colega Jurgen Döbereiner e veio em seguida para o Brasil. Em 1956, se naturalizou brasileira e tiveram três filhos. Em seguida começou a trabalhar no Laboratório de Microbiologia de Solos, do antigo Departamento Nacional de Pesquisa e Experimentação Agropecuárias – DNPEA, do Ministério da Agricultura a atual EMBRAPA.

Johanna realizou seu trabalho mais importante em 1970 ao descobrir a ocorrência de uma associação entre bactérias do gênero Spirillum e as gramíneas. Ela observou que no Brasil, ao contrário do que acontecia nos países europeus de clima frio, um determinado tipo de grama crescia sem a necessidade de adubos químicos, causando um grande impacto no meio científico e tecnológico.
Em 1964, foi chamada a participar da Comissão Nacional da Soja. O cultivo estava começando no Brasil, e Johanna convenceu a Comissão das vantagens da aplicação de bactérias nas raízes da planta que, a partir daí, apresentou uma grande expansão em nosso país. Graças a esse método foi reduzido os custos da plantação de soja, representando uma economia anual de 1 bilhão de dólares em fertilizantes hidrogenados, aumentando o potencial agrícola do país. Em seguida, Johanna aplicou esse método no cultivo da cana de açúcar e em diversas leguminosas, a um custo mais baixo e com menos poluição ao meio ambiente.
Johanna foi eleita em 1977, membro efetivo da Academia Brasileira de Ciências (ABC), tendo sido eleita vice-presidente dessa instituição em 1995, a primeira mulher a integrar a direção da ABC. Vencedora do prêmio Nobel da Paz em 1997, consagrou-se como uma das mulheres cientistas brasileiras mais citada pela comunidade científica mundial. Ela se dedicou à agronomia até os últimos dias de sua vida, falecendo em 5 de outubro de 2000.
Em 12 de novembro de 2002 a Sociedade de Pesquisa Johanna Döbereiner foi criada por colaboradores e familiares para homenageá-la e dar continuidade a suas pesquisas. 


Referencias Bibliográfica:


Entrevista a Carlos Chagas Filho (Instituto de Biofísica, UFRJ). Publicada em novembro/dezembro de 1983. Disponível em:< http://www.canalciencia.ibict.br/> acessado no dia 20/07/15 às 15h45 min.

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