quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Hidrogênio- Combustível do futuro

Bolsista: Karla Nara da Costa Abrantes
            Olá, pessoal!
Esta semana iremos falar sobre o uso do hidrogênio como combustível, o mesmo é considerado o elemento mais abundante do universo e o quarto mais abundante no planeta Terra. Pode ser encontrado nos oceanos, nos organismos vivos, nos combustíveis fósseis, na amônia, em ácidos, em proteínas, no gás natural, no carvão, no metano e em outros.
O hidrogênio (H2) pode ser usado como combustível alternativo, uma vez que apresenta características que nenhum gás possui, tal como baixa densidade e elevada quantidade de energia. Sua outra vantagem é que pode ser considerado como uma fonte de energia renovável. Mas o que é fonte de energia renovável e não renovável? Fonte de energia renovável é o material que pode ser manuseado constantemente, uma vez que a energia existente no material pode ser naturalmente renovada dentro de um curto espaço de tempo. Já as fontes de energia não renováveis são materiais que necessitam de milhares de anos para se recompor de forma conveniente para utilização.
Uma forma de avaliar a capacidade de produção de energia de um material é verificar o calor especifico em unidade por grama (Quadro 1). Entre os materiais elencados, o hidrogênio é aquele que tem a maior potência de produzir energia comparativamente com qualquer combustível, o que é uma propriedade considerável, colocando-o como combustível do futuro.

Quadro-1 Calor específico de combustão e composição de alguns combustíveis
Combustível
C (% em massa)
H (%em massa)
O (% em massa)
Calor específico KJ/g
Madeira
50
6
44
18
Carvão
82
1
2
31
Petróleo
85
12
0
45
Gasolina
85
15
0
48
Gás natural
70
23
0
49
Etanol (álcool etílico)
53
13
34
35
Gás hidrogênio
0
100
0
142
Fonte: ROCHA, ROSA E CARDOSO (2009, pg 141)

         O gás hidrogênio pode ser combinado com o gás oxigênio para produzir calor por combustão convencional com chama ou por combustão de baixa temperatura em aquecedores catalíticos (usado para acelerar a reação química).
 O rendimento de combustão, ou seja, a fração de energia convertida, é cerca de 25%, aproximadamente a mesma da gasolina. As principais vantagens de usar o hidrogênio como combustível são sua baixa massa por unidade de energia produzida e a baixa quantidade de gases poluentes que sua combustão produz comparada a outros combustíveis. (BAIRD, CANN, 2011)
            Na reação de combustão do hidrogênio, como mostra a equação: 




2 H2(g) + O2(g)               2 H2O(l)

produz somente vapor de água. Porém, muitas vezes utiliza-se o ar como fonte do oxigênio, no qual pode conter algumas impurezas, sendo uma delas o nitrogênio, que pode reagir com o oxigênio produzindo óxidos de nitrogênio, NOx. Além disso, um pouco de peróxido de hidrogênio, H2O2, também é liberado, ou seja, a combustão pode ocorrer de forma incompleta. Portanto, os veículos movidos a hidrogênio não possuem sistemas de emissão zero. Para eliminar esses problemas citados anteriormente, o indicado é usar o oxigênio puro para a combustão. (BAIRD, CANN, 2011)
Já foram desenvolvidos alguns carros movidos a hidrogênio e foi constatado que a queima é 50% mais eficiente que a da gasolina, e mesmo este combustível gerando alguns óxidos de nitrogénio (NOx), ainda assim produz menos poluentes atmosféricos que os combustíveis fósseis (petróleo, carvão).
A utilização do hidrogênio como combustível, também encontra problemas, sendo eles: incapacidade de transportar hidrogênio suficiente para cobrir uma distância razoável; recipiente adequado para estocagem, devido à alta pressão; transporte e o uso. Isso pode ser comprovado na fala de Estêvão (2008) “se formos colocar grandes garrafas de armazenamento num veículo, este perderá qualidades aerodinâmicas pois aumentará o seu peso” (p. 28).
Espero que tenham gostado e até a próxima.


Referências:
BAIRD, C. CANN, M. Química ambiental. 4° ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. p 372-375.

ESTÊVÃO, T. E. R. O Hidrogênio como combustível. Dissertação do MIEM, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2088. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/58102/1/000129289.pdf> Acesso em 20/9/2016.

ROCHA, J.C. ROSA, A. H. CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. 2° ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p 141.



             




  


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