terça-feira, 13 de setembro de 2016

Segredos da margarina

       Bolsista: Maria Rodrigues

A margarina que é uma delícia e está presente em quase todas as mesas brasileiras, principalmente no café da manhã, é fonte de energia e transporta vitaminas lipossolúveis, tais como, A, D, E, e K.
Essas vitaminas têm importantes funções para nosso corpo, entre elas, participa da formação e da manutenção da pele a das mucosas; auxiliam na absorção do cálcio; protegem a membrana celular, aumenta a defesa do organismo, controla a hidratação celular; regulam os reflexos nervosos, as contrações musculares e o ritmo cardíaco; além de serem fontes de calor para o corpo, protegendo-o contra as baixas temperaturas.
  Então perguntamos, mas do que é feita a margarina? Ela é feita de glicerídios.
            Mas, o que são glicerídios?
         Segundo Amabis e Martho (2004) são moléculas do álcool glicerol ligadas a uma, duas ou três moléculas de ácidos graxos. Neste último caso, os glicerídios são conhecidos como triglicerídios ou triglicérides. Eles constituem os óleos e as gorduras que se diferem pelo estado de agregação: enquanto os óleos são líquidos à temperatura ambiente, as gorduras são sólidas.

Mas quando lemos um rótulo da embalagem de margarina encontramos outra informação: “Fabricada com óleos hidrogenados”.
  Bom, o que são hidrogenados?
 Essa resposta segundo Lopes e Rosso (2013) é simplesmente um processo industrial onde são adicionados hidrogênios aos ácidos graxos insaturados por meio de uma reação química, estes se tornam sólidos e com a consistência pastosa à temperatura ambiente. Mas Favoreto (2013) também explica dizendo que aos óleos vegetais possuem ácidos graxos e podem receber hidrogênio, e isso rompe ligações duplas entre átomos de carbono, de modo a se tornarem saturados e adquirirem consistência cremosa.
Diante dessas respostas fica fácil entender porque nossa margarina é pastosa e sólida em temperatura ambiente, e não líquida como os óleos comuns.
E como podemos transformar óleos em margarina, se ela é sólida e eles líquidos?
Mais uma vez recorremos às respostas de Amabis e Martho (2004). Segundo estes autores, essa possibilidade decorre de uma propriedade das moléculas de ácidos graxos que compõem o glicerídio. Se os ácidos graxos forem todos de cadeia saturada, isto é, se todos os carbonos de sua cadeia estiverem unidos por ligações simples, o glicerídio será uma gordura, sólida à temperatura ambiente. Por outro lado, se a cadeia for insaturada, isto é, dupla ligação entre um ou mais pares de carbonos, o glicerídio será um óleo à temperatura ambiente.
Portanto, agora já podemos saborear nossa deliciosa margarina entendendo um pouco mais sobre sua hidrogenação.


Bibliografia:
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células: ed.2ª São Paulo, 2004.
VIDAL, E. L. Saúde com sabor. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2004.
FAVARETTO, J. A. Biologia unidade e diversidade ed.1ª, 2013.
LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia Ed. 2ª, 2013.


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